Era o mais barulhento, o mais absurdo,a coisa mais pesada que estava rolando.

sábado, 18 de junho de 2011

We die young

Acho que essa é a ultima postagem, sim, não foram muitas, mas percebi que estava sendo tão estupida quanto aqueles que dizem que houve uma "cena" em Seattle, é estupidez sim, e eu não suportaria ser hipócrita a ponto de concordar com isso.
Pois bem, vou me explicar. Esses dias enquanto folheava uma revista de moda, algo que raramente faço, não sei porque o fiz no dia, mas fiz, enfim, enquanto olhava fazendo as mais variadas caretas e rindo de fotos que deveriam ser tocantes, encontrei uma sessão destinada ao que estava "voltando", o que seria muito usado nesse inverno, e no final da sessão, após uma breve e estupida explicação "do que havia sido o grunge", dizia que seria uma das tendencias mais seguidas nesse inverno, o xadrez, as camisas de flanela, e principalmente o "falso desleixo". Senti meu estomago embrulhar de tanto desprezo pelo infeliz que escreveu aquilo. Pelo infeliz que considera uma forma de viver algo que possa ser vendido.
Então, acredito que a ultima coisa que devo fazer é seguir postando, devo seguir com minha admiração por aqueles que não se importavam com o que seria dito ou pensado por causa de suas musicas, roupas e comportamento, e não preciso declarar isso para um mundo que não entenderia.
Agora enquanto pensava em encerrar o post, senti um aperto no peito, mas que se dane, não vou ser mais uma fã que declara sua revoltar pela comercialização de suas bandas preferidas mas que não faz nada.

Pearl jam


Nirvana



Mudhoney
Mother love bone



E seriam muitas outras se isso não fosse me prender demais, 
mas prenderia, então, 
por fim, não podia faltar, um dos meu preferidos:  

Layne Staley (Alice in chains)

quarta-feira, 11 de maio de 2011

O rótulo

O que as pessoas chamam de grunge já existia em Seattle muito antes do surgimento das bandas mais conhecidas por esse rótulo. Rótulo esse que surgiu de uma forma tão inesperada quanto o sucesso de Seattle perante o mundo. A "primeira" vez que alguém usou essa expressão foi de um modo pejorativo, e em seguida  o tal de Bruce, da Subpop tratou da popularização do termo. Sendo assim, o rótulo ficou conhecido como o que melhor caracteriza o movimento.
Tenho sim um certo preconceito em relação a Subpop, claro, se não fosse por ela, muitas ótimas bandas não teriam feito o sucesso e que fizeram e ainda fazem, mas ainda assim, o que os membros das bandas mais conhecidas do grunge sempre fizeram questão de mostrar era a intenção de apenas divertir-se, fazer com que o tempo passasse de uma forma mais interessante, e claro ter sucesso, mas não ver suas coisas, formas de vestir e agir estampadas pelas revistas e públicos que viam aquilo como moda. O "grunge" foi um golpe de marketing da Subpop, fez muito bem, mas também fez muito mal feito, muitas bandas boas ficaram por lá, e hoje é necessário procurar muito detalhadamente pra saber sobre elas.
 O próprio Eddie Vedder, falou sobre isso, sobre a culpa que já sentiu pelo sucesso da banda.
Outra grande estupidez: as rixas entre bandas. Isso nunca aconteceu, é um ato desnecessário compará-las, elas não são parecidas e nem foram "feitas" para serem.


"Acho que é mais fácil se você se achar um perdedor, assim, você não liga se as pessoas gostam de você ou não... Ai, você vai poder fazer o que quiser." ( Scott- The young fresh fellows)

Esse não é o melhor pensamento para alguém, mas isso mostra a falta de preocupação que os artistas locais tinham com a mídia, com o publico, e tudo que pudesse representar sucesso. A unica preocupação era divertir-se. E eles o fizeram enquanto puderam. 



Temple of the Dog
Soundgarden e aqueles ( Eddie, Mike, Jeff, Stone e Dave)  que logo depois formaram Pearl jam 



quinta-feira, 24 de março de 2011

Acho que é fácil para alguém que conhece um pouco de tudo isso, perceber a diferença que há no estilo musical, estilo de vida e de pensar para as pessoas daquela época em Seattle. Imagine-se numa cidade que apesar de ser a maior do Estado, ser um ponto turístico graças a seus parques naturais, ser a terra natal de Jimi Hendrix, mas que ao mesmo tempo era uma cidade chata, que graças a seu clima, tinha cerca de apenas 55 dias de sol durante o ano todo.  A forma de diversão escolhida era montar bandas de porão, e liberar a frustração que vários dias nublados causavam. E o que tornava a som bom, era a falta de preocupação com a fama, não queriam ser conhecidos. Eram apenas amigos tocando com amigos.
As poucas bandas que ainda iam fazer shows em Seattle, ficavam orgulhosas, o publico se jogava dos palcos e enlouqueciam com as musicas, isso podia ser resultado da grande quantidade de álcool consumida, mas em comparação a tocar em outros lugares, que as pessoas não davam valor nenhum a música, isso era digno de orgulho.
Parte do que diferia as bandas de seattle em palco, é que eles simplesmente estavam lá para se divertir, e isso fazia com que seus shows fossem vistos por muitos como estranhos, mas para aqueles que entendiam o que eles estavam fazendo no palco, o porque estavam lá, era fácil entender e participar de toda a estranheza, que para esses, era visto com total naturalidade e admiração.
"Algumas bandas sobem no palco, e fazem basicamente entretenimento, tem algum truque, estão dando um show. Outras bandas sobem e arrasam. Você percebe a diferença. É por isso que as bandas de Seattle são um pouco inconsistentes ao vivo. A maior parte delas, não esta lá para entreter as pessoas... E seus melhores shows, são quando estão se divertindo." ( Jack endino- Skin Yard)


Mudhoney, Central Tavern, Seattle, 1988. © Charles Peterson

    sábado, 8 de janeiro de 2011

    Bendita Seattle

    Não vou dar explicações ou dados técnicos sobre o que é o grunge, já que, quem conhece, ou gosta um pouco que seja, conhece essas informações. Criei o blog, porque depois de ver documentários, ouvir suas musicas, e entender o que as pessoas que sem querer criaram esse estilo, depois de me apaixonar pelo que  grunge significa,  percebi que são poucos o que realmente entendem o sentido dele. Claro que nem eu estou totalmente por dentro do assunto, mas me incomoda profundamente, ver algumas pessoas com idéias erradas sobre o grunge e suas bandas, como se o movimento fosse só mais uma modinha, claro, que não são essas pessoas que importam, mas para uma pessoa apaixonada por algo, é inevitável não se incomodar.
    Então comecemos!
    Acho que é interessante começar, com uma explicação das pessoas que criaram e entendem a verdadeira essência de tudo isso.
    Esse documentário foi feito quase na época em que o grunge estava em alta, vale a pena ver porque foi feito por aqueles que construiram tudo, e não por quem vê por fora.

    Até a próxima